Banco do Brasil apresenta O universo está vivo como um animal. Pela primeira vez no Rio de Janeiro, a Rumo de Cultura traz de Curitiba o espetáculo que aborda questões sobre arte, ciência e democratização da energia.
A obra, que é iluminada pela biografia de Nikola Tesla - um dos maiores inventores do século XX -, investiga questões temporais sobre suas descobertas a partir da materialidade das lâmpadas tubulares fluorescentes que foram desenvolvidas por Tesla e que são manipuladas pelos atores como agentes da cena. Além da peça, o projeto oferece gratuitamente masterclass, documentário e uma áudio série.
Ao receber este projeto, o Centro Cultural Banco do Brasil reforça seu compromisso em ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura, valorizando a produção teatral nacional.
Centro Cultural Banco do Brasil
AGENDA 2023
01 a 25 jun 23
Centro Cultural Banco do Brasil RJ
Rua Primeiro de Março, 66 – Térreo - Centro - Rio de Janeiro
Teatro I
quintas e sextas às 19h30
sábados às 16h e 19h30
domingo às 18h
*Sessão com libras: sábado 24/06 às 19h30
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: LIVRE
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), emitidos na bilheteria física ou pelo site bb.com.br/cultura
A peça, criada por Diego Marchioro, Fernando de Proença e Nadja Naira, é iluminada a partir da biografia do inventor que revolucionou o século XX: Nikola Tesla. Articulando arte e ciência, o trabalho prolifera - entre passado, presente e futuro - ideias sobre energia, magnetismo, eletricidade e democratização da luz, desde as criações do inventor e suas relações com o mundo contemporâneo.
O UNIVERSO ESTÁ VIVO COMO UM ANIMAL é estruturada por quadros imagéticos guiados pela dramaturgia da luz. A partir dos estudos da vida de Nikola Tesla - cartas, palestras, entrevistas e de sua autobiografia "Minhas Invenções" - o grupo de artistas investiga na cena questões temporais sobre suas invenções a partir da materialidade das lâmpadas tubulares fluorescentes - que foram desenvolvidas pelo inventor e são agentes da cena e as articulam.
A operação usada pelos atores em cena é propriamente a montagem da cena. Entre um quadro e outro, constroem diante do público ambientes para contar histórias sobre a descoberta da eletricidade, imaginação e futuridade a fim de pensar o presente através da materialização de ideias no teatro.
Em 2020, a Rumo de Cultura criou a áudio série PEOPLE vs. TESLA – peça elétrica para ondas de rádio. Com texto de Isabel Teixeira, direção de Nadja Naira, desenho de som de Edith de Camargo e interpretações de Diego Marchioro e Fernando de Proença, a peça sonora de ficção partiu de um profundo estudo do trabalho, escritos e da autobiografia de Nikola Tesla. Dividida em três capítulos, se centra na relação de duas figuras: Tesla e Mensageiro, em uma ação que acontece em um quarto de hotel, no final da vida do cientista. - ouça no seu tocador de áudio preferido.
“Hoje fabricamos o escuro.
O primeiro escuro é o da noite que nos escapa agora que o urbanismo invadiu o planeta. No entanto, esta noite é escura para nós humanos, na medida em que não vemos a luz da noite. Porque na realidade, dia e noite, o céu é banhado pelo brilho das estrelas. Mas nossos olhos não enxergam a luz noturna do céu. Ele não é escuro, ele é invisível para nós.
A escuridão, combatida pela humanidade, foi rejeitada, excluída da civilização.
A luz domina, a luz conquista o estado primitivo do escuro e encarna o poder. Mas nesta luta, o escuro se defende, se infiltra, progride e finalmente renasce da luz, com sua própria luz, redescobrindo sua origem e sua natureza.
O Teatro, metáfora do mundo, encarna historicamente este duelo, este paradoxo. Usamos a luz para pensar a escuridão. Porque juntos eles ocupam o espaço, esculpem-no e delimitam-no; o trio espaço, luz e escuridão constituindo de fato o material da cena. O teatro é representado com luz artificial, o escuro é consubstancial ao teatro”
Véronique Perruchon - Noir, Lumière et Théâtralité (2016)